quinta-feira, 3 de maio de 2007

Mário Viegas declama Brecht



Fragen eines lesenden Arbeiters
Bertolt Brecht

Wer baute das siebentorige Theben?
In den Büchern stehen die Namen von Königen.
Haben die Könige die Felsbrocken herbeigeschleppt?
Und das mehrmals zerstörte Babylon -
Wer baute es so viele Male auf? In welchen Häusern
Des goldstrahlenden Lima wohnten die Bauleute?
Wohin gingen an dem Abend, wo die Chinesische Mauer fertig war
die Maurer? Das große Rom
Ist voll von Triumphbögen. Wer errichtete sie? Über wen
triumphierten die Cäsaren? Hatte das vielbesungene Byzanz
nur Paläste für seine Bewohner? Selbst in dem sagenhaften Atlantis
brüllten in der Nacht, wo das Meer es verschlang
die Ersaufenden nach ihren Sklaven.

Der junge Alexander eroberte Indien.
Er allein?
Cäsar schlug die Gallier.
Hatte er nicht wenigstens einen Koch, bei sich?
Philipp von Spanien weinte, als seine Flotte
Untergegangen war. Weinte sonst niemand?
Friedrich der Zweite siegte im Siebenjährigen Krieg. Wer
Siegte außer ihm?

Jede Seite ein Sieg.
Wer kochte den Siegesschmaus?
Alle zehn Jahre ein großer Mann.
Wer bezahlte die Spesen?

So viele Berichte.
So viele Fragen.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Visita relâmpago à China


Clique-se na imagem...

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Revisitar Fernando Assis Pacheco
na Casa Fernando Pessoa


Nova sessão no âmbito da exposição O Universo Pessoal de
Fernando Assis Pacheco
, hoje pelas 21 e 30 na Casa Fernando Pessoa (em Lisboa).
Fernando J.B. Martinho e Abel Barros Baptista falam sobre a obra de FAP e o poeta Pedro Tamen lê poemas do amigo, que está a ser homenageado.
Entretanto, ouçam este registo autobiográfico, captado durante um
seminário sobre Língua Portuguesa, que decorreu, em São Paulo, Brasil, no longínquo ano de 1983.

"Sim" com 90,41% dos votos na minha terra!

Foto encontrada em http://hbras.no.sapo.pt/aljustrel.html

Desculpem o post tão tardio, mas tenho estado a comemorar:

"Tralalalalalalala
Morreram nas tuas minas...
Tralalalalalalala
Morreram tantos mineiros, vê lá!
Vê lá companheiro, vê lá!
Vê lá como venho eu...
Tralalalalalalala
Trago a cabeça aberta...
Tralalalalalalala
Que me abriu uma barreira, vê lá!
Vê lá companheiro, vê lá!
Vê lá como venho eu...
Tralalalalalalala
Trago a camisa rota...
Tralalalalalalala
E sangue de um camarada, vê lá!
Vê lá companheiro, vê lá!
Vê lá como venho eu...
Tralalalalalalala
Santa Barbara bendita...
Tralalalalalalala
Padroeira dos mineiros, vê lá!
Vê lá companheiro, vê lá!
Vê lá como venho eu..."

Este é o hino dos mineiros de Aljustrel, inspirado, em Nel Pozu Maria Luisa, um canto anarquista dos mineiros das Astúrias, durante a Guerra Civil de Espanha.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

O gajo passou-se!

Quando, Lang Lang, o génio do piano, enloqueceu momentaneamente.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

A propósito do referendo


Porque se vai realizar um referendo à descriminalização do aborto; porque faz este mês 20 anos que o Zeca Afonso morreu. E porque, apesar de ter 30 anos, é fantasticamente actual.


Arcebispíada

Zeca Afonso

Pregais o Cristo de Braga
Fazeis a guerra na rua
Sempre virados pr'ò céu
Sempre virados pr'à Virgem
A Santa Cruzada manda
Matar o chibo vermelho
Contra a foice e o martelo
Contra a alfabetização
Curai de ganhar agora
Os vossos novos clientes
Além do pide e do bufo
Amigos do usurário
Além do latifundiário
Amigo do Capelão
"Abre Nuncio Vade Retro
Querem vender a nação"
"A medicina é ateia
Não cuida da salvação"
Que o diga o facultativo
Que o diga o cirurgião
Que o digam as criancinhas
"Rezas sim, parteiras não"

Se o Pinochet concordasse
Já em Fátima haveria
Mais de trinta mil vermelhos
A arder de noite e de dia
Caridade, a quanto obrigas
Só trinta mil voluntários
"Cristo reina Cristo vinga"
Nos vossos santos ovários
E também nos lampadários
E também nos trintanários
"Abre Nuncio Vade Retro
Querem vender a nação"

Ó Carnaval da capela
Ó liturgia do altar
Já lá vem Camilo Torres
Com o seu fusil a sangrar

Igreja dos privilégios
Mataste o Cristo a galope
Também Franco, o assassino
Mandou benzer o garrote

(do álbum Enquanto há Força, 1977)

Texto excelente


O historiador José Mattoso escreve um texto excelente num blog do Sim.
Profundamente cristão, justifica a sua opção de voto no referendo e cita Cristo. Ainda se arrisca é a ser acusado de blasfémia.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Pelo próprio:
dois poemas de Fernando Assis Pacheco



A Profissão Dominante

Meu Deus como eu sou paraliterário
à quinta-feira véspera do jornal
nadando em papel como num aquário
ejectando a minha bolha pontual

de prosa tirada do receituário
onde aprendi o cozido nacional
do boçal fingido o lapidário
- fora algum deslize gramatical -

receio que me chamem extraordinário
quando esta é uma prática trivial
roçando mesmo o parasitário
meu Deus dá-me a tua ajuda semanal

Fernando Assis Pacheco
A Profissão Dominante, 1982



PRANTO POR MANUEL DOALLO

Podia-se ter esborrachado qualquer 23 de Agosto
véspera do San Bartolomé e ele na moto
correndo de Vitoria para as mozas de Ourense
e para as tazas em que era ainda mais exímio

e deixa-se morrer unha serán poñamos
por caso desolada agora pai de filhos
a última queixa: que lhe doía um braço
en troques há tanto sacana que parece de ferro

vaite ó carallo ó morte que me levas
o meu primo galego Manuel Doallo
morte merdeira
coisa ruim de cinza e névoa e cinza

nem nunca nestas terras se me eu lembro
houve um outro rapaz de tanto garbo
como il que era cáseque um rei e querem
que eu o chore e ao coração coitelo?

barqueira que mo levas puta infame
eu berro e berro à soedá do rio

Fernando Assis Pacheco
A Profissão Dominante, 1982

Referendo «Cuidado com as imitações!»

Sérgio Godinho pôs a circular este comunicado. Urge espalhar a notícia:

ESPALHEM A NOTÍCIA ou CHAMEM A POLÍCIA ?
Acabo de receber, por vários amigos, a notícia: um "blogue do não" usou nas suas páginas uma canção minha, para, em última análise, promover os seus pontos de vista em relaçao ao referendo de Domingo.
Para mim, não é um assunto novo. Muitas vezes, canções inteiras foram usadas em contextos ampliados — e muitas vezes amplificados. E muitas outras se apropriaram de frases minhas para dizer — e pensar — outras coisas. Goste ou não goste (e gosto várias vezes) acho que tudo isso faz parte de qualquer acto creativo. Se não o quisesse expor a esse risco, guardava-o na gaveta.

Só que há limites, claro.

Desde já, neste caso enganaram-se, não só na intenção, mas no próprio título da canção.
Em vez de "Espalhem a notícia" deviam ter posto (e postado) "Chamem a polícia"...
A minha canção é uma elegia à qualidade da vida, e também à alegria consciente de dar à luz um novo ser.
Nada que se pareça com humilhação, falsas promessas de apoio a gravidezes indesejadas, sugestões de trabalho comunitário para substituir penas de prisão, e outra pérolas que tais.
E sim, sim à vida que a canção exalta e reconhece.

Espalhem a notícia.
Sérgio Godinho

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Algarve, Portugal, Summer 2005

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Cecilia Bartoli canta Haydn

Desculpem a insistência, mas a mulher tem uma voz maravilhosa.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

FAP 2007

Fernando Assis Pacheco faria 70 anos no dia 1 de Fevereiro de 2007. Assis Pacheco fará 70 anos a 1 de Fevereiro próximo! E a Casa Fernando Pessoa assinala o aniversário com programação concebida em conjunto com a família de Pacheco, que se estenderá por todo esse mês. Mas quem foi (quem é) Fernando Assis Pacheco? Segue a resposta, antes do programa.

● n. Coimbra, 1.2.1937● filiação, José M. V. Assis Pacheco, médico, e Maria da Conceição Mendes de Assis Pacheco
● casado com Maria do Rosário Pinto de Ruela Ramos A. P. e pai de Rita, Ana, Rosa, Catarina, Bárbara e João R. R. A. P.
● licenciado em Filologia Germânica (Univ. Coimbra, com uma tese sobre Stephen Spencer e a poesia inglesa dos anos 30); breves estudos em Heidelberg, RFA
● em Coimbra: cofundador do CITAC; dos corpos gerentes do mesmo, e da secção de Turismo da AAC; participação em espectáculo do TEUC (no “Retabillo de Don Cristóbal”, de F. Garcia Lorca); bolseiro da secção de Espanhol da Fac. Letras para a Universidade de Verão Menéndez Pelayo, Santander, 1955
tropa, 1961-1965: COM na EPC de Santarém; 1962/63 no RC3 de Estremoz; 1963-65 Angola, no B Cav 437 e depois no QG da RMA
livros: Cuidar dos Vivos, 1963; Câu Kiên: um resumo, 1972; Catalabanza Quilolo e volta, 1976; Memórias do contencioso, 1976; Siquer este refúgio, 1978; Memórias do contencioso (2ª ed. definitiva), 1980; A profissão dominante, 1982; Variações em Sousa, 1984; Nausicaah!, 1984; A Bela do Bairro e outros poemas, 1986; Variações em Sousa (2ª ed., definitiva), 1987; [ Variações em Sousa, 2004; A Musa Irregular (2ª ed.), 1996; Respiração Assistida, 2003; A Musa Irregular (ed. definitiva), 2006 – poesia.] Walt, noveleta, 1978. [Retratos Falados, 2001 – perfis. Memórias de um Craque, 2005 – memórias. Trabalhos e Paixões de Benito Prada, 2002 – romance.] Participação em antologias portuguesas, brasileiras, espanholas e inglesas.
No jornal: redactor de O Jornal a partir de meados de 1979; chefe de redacção do JL; director-adjunto do Se7e; repórter e colunista de livros
Nos jornais: Diário de Lisboa, 1965-1971; República, 1972-74; Diário de Lisboa, 1974-79; Projornal de 1979 em diante. Redactor da revista Ele, com O’Neill e M. H. Leiria, em 1973-74. Breves colaborações no Record (Memórias de um craque) e Notícias da Tarde (Histórias da Civilização), e também no Musicalíssimo (1ª fase), Mais e Diário 16
● Suplente dos corpos gerentes do Sindicato dos Jornalistas e Associação Portuguesa de Escritores
● Esteve em reportagem: Espanha, França, Itália, RFA, Áustria, Chipre, Malta, Bélgica, Suíça, Dinamarca, EUA, Cabo Verde, S. Tomé, Angola, Congo, Zaire, RDA, Brasil

Contava não esticar o pernil antes de 1999, mas tropeçou sem querer [em 1995]

Texto elaborado pelo próprio Fernando Assis Pacheco [acrescentado de actualização bibliográfica] antes de 1991 e entregue, para o que desse e viesse, ao seu amigo e colega Afonso Praça. In Musa Irregular, Edições Asa, 1996.

A iniciativa Universo Pessoal de Fernando Assis Pacheco começa em dia de aniversário, 1 de Fevereiro, às 21h, com a inauguração de uma exposição que reúne objectos pessoais do poeta e jornalista. Confirmadas estão as presenças de João Rodrigues e de Tiago Rodrigues, que com ele privaram, e o actor Diogo Dória fará a leitura de alguns poemas de Assis Pacheco.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Pecado




Decidi reciclar este post, que publiquei, em 2005 no efémero DJ Bonifácio, para dar a conhecer estes três pecadores dão pelo nome de TIGER LILLIES. São cínicos, criativos, divertidos, mordazes e subversivos! Esta faixa é do álbum 2 Penny Opera, de 2001

Aqui têm também a letra.

Bitch

That fucking bitch, she thought
she could get the better of me.
Well if I can't have my Macky,
then why the fuck should she?
I'd rather fuck up others' lives
than let them fuck up mine,
I'd rather see them suffering
than having a good time.
That fucking bitch, she thought
she could steal that man of mine.
Well tomorrow Macky hangs,
he hangs from the line.

Well Macky, I did love you,
I loved you more than she.
That bitch she won't have you
if you won't be with me.

I'd rather watch you drown
than with her watch you swim.
I just can't stand losing you
and let that bitch win!

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Meias

Divirtam-se, juntando-as aos pares. Vale a pena... tem prémio no fim.
Vi a brincadeira em http://www.nobodyhere.com/ e trouxe-a emprestada.Quem não visitar, por uma vez que seja, esse site, nunca ficará a saber o que perdeu.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

It's Mr. Ripley's?

Procida, Italy, Spring 2003
About Procida

God Christo!!

Central Park, New York, Feb. 2005

God Christo!

Central Park, New York, Feb. 2005

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Este blogue vota sim no referendo!


Quem se orgulha desta herança não precisa de lições sobre a defesa da vida. Por isso votamos SIM, no referendo sobre o aborto.
¡No pasarán!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

A Índia que Cavaco não vai ver II

Imagens que não precisam de palavras

A Índia que Cavaco não vai ver I

Um documentário sobre empresas ocidentais que produzem sapatos e roupas em países em vias de desenvolvimento. Com imagens de uma Índia de salários miseráveis, trabalho infantil e degradação ambiental.


segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Für Rosa

DER Tauben weißeste

Paul Celan, Mohn und Gedächtnis (Germany, 1952)

DER Tauben weißeste flog auf: ich darf dich lieben!
Im leisen Fenster schwankt die leise Tür.
Der stille Baum trat in die stille Stube.
Du bist so nah, als weiltest du nicht hier.

Aus meiner Hand nimmst du die große Blume:
sie ist nicht weiß, nicht rot, nicht blau – doch nimmst du sie.
Wo sie nie war, da wird sie immer bleiben.
Wir waren nie, so bleiben wir bei ihr.

domingo, 7 de janeiro de 2007

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Pedro's shorts

Summer 2005

Sex Crimes and the Vatican

Este documentário de 2006 tem a chancela da BBC e não devia ser ignorado pelos portugueses, sobretudo se se tiver em conta que as pessoas que, durante anos, encobriram abusos sexuais de menores, são as mesmas que quere ver condenadas a penas de prisão, mulheres que abortaram.
"Investigation into allegations that a secret church directive, issued by Cardinal Joseph Ratzinger before he became Pope Benedict XVI, is ... all » being used to silence the victims of child sex abuse by Roman Catholic priests. Colm O'Gorman, who was raped as a 14-year-old boy by his local parish priest in Ireland, travels to America, Brazil and the Vatican City to uncover more."

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

the old boat

Avenida Marginal

São Tomé, São Tomé e Príncipe, Sept. 2004

Cecilia Bartoli sings Vivaldi- Agitata da due venti

Faits divers

Summer 2004

Still on the rocks

Costa Vicentina, Portugal. Sept. 2004

Stop war

Algarve, Portugal, May 2003

Get stoned


Costa Vicentina, Portugal. Sept. 2004
Primavera 2003
Trapo

O dia deu em chuvoso.
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.

Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.

Bem sei, a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.

Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.

Carinhos? Afectos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.

Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso? Não sei...
No azul da manhã...

O dia deu em chuvoso.
(Poema de Álvaro de Campos)

Martinhal - Algarve

Jul. 2004

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Sit Drown

Santa Luzia, Ria Formosa, Portugal, Jul. 2004

The Mermaid
Poem by William Butler Yeats

A mermaid found a swimming lad,
Picked him for her own,
Pressed her body to his body,
Laughed; and plunging down
Forgot in cruel happiness
That even lovers drown.
Lisboa, Dez. 2003

Matracalhos


Santa Luzia, Ria Formosa


Jun, 2004


É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.


É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.


Um poema de Eugénio de Andrade

Pé na areia

Costa Vicentina, Set. 2004

Passeio

Calidris alba
Costa Vicentina, Portugal, Sept. 2004

Entre o céu e a terra

Costa Vicentina, Portugal, Sept. 2004

Sidónio

Born on Oct. 10th 2002

Baby

Born on Oct. 10th 2002

Raining cats and dogs

Lisboa, Dez. 2003


Sento-me na tua ternura. A chuva cai,
olhas-me tão fundo que de repente
sou de vidro, cuidado, vou quebrar!

Acaba triste o mês de Maio, perto.
E estás no Maio triste, na chuva e no vento,
a tua ternura quer matar-me.
Quem sabe, amor, onde o amor se fere?

(Poema de Fernando Assis Pacheco)